24 agosto 2010
Saudades...
Há tanto tempo que não vinha ao meu querido blogue, que saudade dá ler os relatos destas maravilhosas caminhadas! Para quem andava a aumentar a frequência deste belo hobbie, passar 2 meses sem passeatas é muito! Contra a maioria de vocês, até do G, este ano já estou farta de calor... Por mim, a temperatura baixava já e assim podíamos retomar estes belos dias passados em natureza.
Lá para Outubro já penso podermos retomar, mas talvez já não ao mesmo ritmo (…). E em Dezembro lá vamos rumo ao Chile e aí sim, apesar de mais curtinhas, vou ter de fazer caminhadas na Patagónia! Já começámos a planear com detalhe os dias que vamos lá passar e o entusiasmo tem crescido de dia para dia! Já estou em contagem decrescente.
08 junho 2010
Puertos de Áliva - Parque Nacional Picos de Europa
Para o 2º dia tínhamos planeado fazer a trilha “Lagos de Covadonga” que se encontra a uma altura considerável mas quando lá chegámos estava um nevoeiro tão tão cerrado que não víamos um palmo à frente! Devia ter uma envolvente muito bonita com os 2 lagos mas não se via mesmo nada! Aproveitámos para fazer um dia turístico e fomos visitar as pitorescas Covadonga e Cangas de Onís.
No 3º dia fomos até à bonita vila de Potes e ao anfiteatro natural de Fuente Dé. Até lá chegar não estava a perceber o que era o tal “anfiteatro natural” mas quando me deparei com o que tinha à frente nem quis crer, mais uma maravilha do Arquitecto da Vida (como se pode ver na foto). Já tínhamos escolhido uma trilha que começava no cimo do anfiteatro e fomos até lá de teleférico (também na foto). Subimos dos 1070 para 1823 metros de altitude.
No cimo a visibilidade era bastante reduzida e à medida que íamos andando ouvíamos imensos sinos de gado próximos de nós mas sem os conseguirmos ver! A vegetação rasteira estava coberta de neve e gelo e fomos passando por vários percursos de água. A visibilidade ia gradualmente aumentado e subitamente deparámo-nos com um grandioso vale com uma variedade e quantidade de animais (foto – cavalos, vacas, carneiros, cabras, burros) como nunca tinha visto antes, fantástico!
Depois descemos por meio de uma interminável floresta, labiríntica, super densa, um pouco spooky, até à base do anfiteatro. Ainda foi uma longa caminhada, demorámos umas belas horas a descer 750 metros pois o declive foi em grande parte do percurso muito pouco acentuado e não nos cruzámos com ninguém, a não ser com muitos muitos animais :)
Esta caminhada foi demais, mágica, sem qualquer dúvida entra para o top com a do Tongariro National Park. O percurso revelou-se uma constante surpresa com a diversidade de cenários que fomos encontrando! A repetir o Parque Nacional dos Picos de Europa!
http://reddeparquesnacionales.mma.es/parques/picos/guia_itinerarios_pr_24.htm
Ruta del Cares - Parque Nacional Picos de Europa
Após percorridos quase 900 km e depois de umas belas horas de sono num confortável hotel decidimos começar, no nosso 1º dia de Picos, por uma das trilhas mais famosas de Espanha – Ruta del Cares.
O Cares é o Rio que corre entre os Maciços Ocidental (Cornión) e Central (Los Urrieles) dos Picos de Europa e atravessa as regiões de Castilha e Leão e Astúrias. O percurso pedestre desenrola-se no perímetro do Maciço Ocidental e acompanha o Rio entre as povoações de Poncebos e Caín. Nesta 1ª fotografia consegue-se perceber o decorrer da trilha, como que um corte longitudinal na montanha.
Contra as previsões meteorológicas que pude consultar nos dias que antecederam a nossa partida e o que se calcula expectável para um clima de montanha no final de Primavera, estava um dia de Verão! O sol radiou todo o dia e a temperatura rondou os 25 ºC, condições não muito desejáveis para fazer-se 24 km a pé! Sim foram mesmo 24 km, o nosso grande recorde! Como não esperávamos um dia assim, ficaram a faltar-nos chapéus, protector solar e umas vestimentas mais apropriadas.
O percurso começa com uma subida de desnível de 300 metros nos primeiros 45 minutos. Chegámos ao cimo alagados! Depois foi praticamente a direito até Caín por um caminho maravilhoso, onde quase nos sentimos “insignificantes” ao atravessar tamanha grandiosidade de natureza e beleza!
Ao mesmo nível do percurso acompanhava-nos um canal rápido (artificial) do Rio que
para além de bonito serviu para nos irmos refrescando e o G chegou mesmo a mergulhar a cabeça várias vezes, o calor era muito! Já próximo de Caín atravessámos a margem do Rio (pela ponte que se vê na foto) até chegarmos a uma comporta. Nesta parte do caminho acrescem à paisagem variadas quedas de água, que ainda aportam mais cores a esta maravilhosa trilha. Pelo caminho até encontrámos umas amigáveis cabras selvagens muito sociáveis :)
Chegados a Caín (metade do percurso feito, 12 km) parámos para um almoço rápido. A maioria dos caminhantes faz apenas este sentido do percurso, mas como a nossa vontade era fazermos o nosso recorde em distância percorrida a caminhar, lá fomos de regresso até Poncebos. Apesar do percurso ser o mesmo, o caminho não se tornou nada repetitivo, a paisagem estava diferente, as cores eram outras…
Tenho de confessar que perto do fim estávamos os dois de rastos! Para além da distância, a temperatura não ajudava. Incrível foi ao longo destas 7 horas cruzarmo-nos com muitos caminhantes e de todas as idades, incluindo crianças e idosos.
Adorámos, certamente umas das nossas melhores caminhadas (tirámos 105 fotos!).
http://reddeparquesnacionales.mma.es/parques/picos/guia_itinerarios_pr_03.htm
O Cares é o Rio que corre entre os Maciços Ocidental (Cornión) e Central (Los Urrieles) dos Picos de Europa e atravessa as regiões de Castilha e Leão e Astúrias. O percurso pedestre desenrola-se no perímetro do Maciço Ocidental e acompanha o Rio entre as povoações de Poncebos e Caín. Nesta 1ª fotografia consegue-se perceber o decorrer da trilha, como que um corte longitudinal na montanha.
Contra as previsões meteorológicas que pude consultar nos dias que antecederam a nossa partida e o que se calcula expectável para um clima de montanha no final de Primavera, estava um dia de Verão! O sol radiou todo o dia e a temperatura rondou os 25 ºC, condições não muito desejáveis para fazer-se 24 km a pé! Sim foram mesmo 24 km, o nosso grande recorde! Como não esperávamos um dia assim, ficaram a faltar-nos chapéus, protector solar e umas vestimentas mais apropriadas.
O percurso começa com uma subida de desnível de 300 metros nos primeiros 45 minutos. Chegámos ao cimo alagados! Depois foi praticamente a direito até Caín por um caminho maravilhoso, onde quase nos sentimos “insignificantes” ao atravessar tamanha grandiosidade de natureza e beleza!
Ao mesmo nível do percurso acompanhava-nos um canal rápido (artificial) do Rio que
para além de bonito serviu para nos irmos refrescando e o G chegou mesmo a mergulhar a cabeça várias vezes, o calor era muito! Já próximo de Caín atravessámos a margem do Rio (pela ponte que se vê na foto) até chegarmos a uma comporta. Nesta parte do caminho acrescem à paisagem variadas quedas de água, que ainda aportam mais cores a esta maravilhosa trilha. Pelo caminho até encontrámos umas amigáveis cabras selvagens muito sociáveis :)
Chegados a Caín (metade do percurso feito, 12 km) parámos para um almoço rápido. A maioria dos caminhantes faz apenas este sentido do percurso, mas como a nossa vontade era fazermos o nosso recorde em distância percorrida a caminhar, lá fomos de regresso até Poncebos. Apesar do percurso ser o mesmo, o caminho não se tornou nada repetitivo, a paisagem estava diferente, as cores eram outras…
Tenho de confessar que perto do fim estávamos os dois de rastos! Para além da distância, a temperatura não ajudava. Incrível foi ao longo destas 7 horas cruzarmo-nos com muitos caminhantes e de todas as idades, incluindo crianças e idosos.
Adorámos, certamente umas das nossas melhores caminhadas (tirámos 105 fotos!).
http://reddeparquesnacionales.mma.es/parques/picos/guia_itinerarios_pr_03.htm
26 maio 2010
Parque Nacional Picos de Europa
Que bom, vamos mesmo fechar a temporada com chave de ouro! Não podia ser melhor, estou super feliz, eram mesmo uns dias assim que precisávamos! Já estou a tratar de toda a logística e à procura dos highlights para os 5 dias que vamos estar nos Picos de Europa!
Vamos ficar num hotel super giro, no meio da montanha, e vamos fazer trilhas que pelas fotos são de "cortar a respiração", e até vamos bater o nosso recorde, uns 20 e tal quilómetros ou mais, até onde o entusiasmo nos levar. Já encontrei 26 percursos espectaculares, mas claro, vamos ter de fazer um belo rateio, só lá estamos 5 dias, e na realidade para fazer grandes caminhadas só 4!
Ao que parece eles têm tudo super bem organizado para caminhantes :) Acho que ainda vou perder umas horas a fazer umas comprinhas para tornar o nosso arsenal ainda mais pró… de certo vamos cruzar-nos com grandes profissionais ;)
Os próximos post’s deste blog vão dar que falar ;)(A quem já lá tenha ido, por favor dêem dicas, obrigada)
18 maio 2010
Rota dos Moinhos do Sobral (de Monte Agraço) - tentativa
E um dia tinha de ser... Já fizemos caminhadas suficientes para nos calhar uma mazinha, não, péssima! Foi esta, a mais feia, a que menos gostámos, a que mais nos desmotivou e a que nem conseguimos acabar pois as sinalizações para variar são péssimas, mas neste percurso ainda conseguiram ser piores! Assim foi o nosso percurso de Sábado passado :(
Começámos com dificuldades logo ao início para descobrir o ponto de partida da trilha, em pleno centro da Vila, que também nos pareceu pouco convidativa!
Ao fim de 1 km as sinalizações começaram a desaparecer, entrámos numa zona de obras... e eu fiquei com lama até à cintura!!! Mas lá continuámos, com a nossa intuição/orientação e ao fim de uns bons passos lá reencontrámos as sinalizações... O percurso até aqui não era bonito, mas também não era desagradável... até que uns quilómetros mais à frente começámos a atravessar lixeiras a céu aberto (incrível mas ainda existem), casas paupérrimas, uns cultivos de fugir... enfim uma envolvente nada desejável para uma caminhada!
Ao fim de 7 km chegámos a um ponto que as sinalizações nos levavam para um local sem saída... Ainda estivemos uns 30 minutos a tentar tudo o que nos parecia possível, até saltámos uma vedação e entrámos numa propriedade privada, mas de nada valeu. Sem alternativa, voltámos para trás, mas desta vez pela estrada, não nos apetecia nada fazer o caminho inverso.
Com esta brincadeira ainda fizemos uns 10 quilómetros, o nosso único alento!
Deve ter sido castigo pois tivemos um convite para irmos fazer no mesmo dia uma caminhada pelo Cabo da Roca, que na altura percebi que eram só 10 km, e disse que era pouco para mim!!! Afinal 10 km era só num sentido... acabaram por fazer mais de 20 km e gostaram muito.
E agora, que o calor finalmente chegou, chegou a vontade de ir para a praia. Mas não podemos acabar esta temporada das NOSSAS PASSEATAS com este percurso, temos de fechar com chave de ouro!(Não merece imagem)
Começámos com dificuldades logo ao início para descobrir o ponto de partida da trilha, em pleno centro da Vila, que também nos pareceu pouco convidativa!
Ao fim de 1 km as sinalizações começaram a desaparecer, entrámos numa zona de obras... e eu fiquei com lama até à cintura!!! Mas lá continuámos, com a nossa intuição/orientação e ao fim de uns bons passos lá reencontrámos as sinalizações... O percurso até aqui não era bonito, mas também não era desagradável... até que uns quilómetros mais à frente começámos a atravessar lixeiras a céu aberto (incrível mas ainda existem), casas paupérrimas, uns cultivos de fugir... enfim uma envolvente nada desejável para uma caminhada!
Ao fim de 7 km chegámos a um ponto que as sinalizações nos levavam para um local sem saída... Ainda estivemos uns 30 minutos a tentar tudo o que nos parecia possível, até saltámos uma vedação e entrámos numa propriedade privada, mas de nada valeu. Sem alternativa, voltámos para trás, mas desta vez pela estrada, não nos apetecia nada fazer o caminho inverso.
Com esta brincadeira ainda fizemos uns 10 quilómetros, o nosso único alento!
Deve ter sido castigo pois tivemos um convite para irmos fazer no mesmo dia uma caminhada pelo Cabo da Roca, que na altura percebi que eram só 10 km, e disse que era pouco para mim!!! Afinal 10 km era só num sentido... acabaram por fazer mais de 20 km e gostaram muito.
E agora, que o calor finalmente chegou, chegou a vontade de ir para a praia. Mas não podemos acabar esta temporada das NOSSAS PASSEATAS com este percurso, temos de fechar com chave de ouro!(Não merece imagem)
03 maio 2010
Caminho do Sul/Trilho Falha de Montejunto - Serra de Montejunto
Sábado passado lá fomos com a Helena e a Manocas até Montejunto. Começamos a ter companhia :)
Para variar, como acontece em quase todas as trilhas destes País, tivemos alguma dificuldade em encontrar/decifrar as sinalizações... não só no início, que nem sabíamos se estávamos no percurso pretendido, como ao longo da Serra e até próximo do final. Seria realmente muito positivo haver um investimento do ICNB/autarquias/... para que as sinalizações e mesmo algumas indicações e infra-estruturas melhorassem pelos lindos e inúmeros percursos pedestres que temos, mas enfim, é só um desabafo!
O percurso iniciou-se num alto da Serra na sua aba Sul. Começámos por uma longa e difícil descida, repleta de obstáculos da natureza e depois, já cá em baixo, começámos a contornar a encosta da Serra. De um lado tínhamos o imponente declive e do outro a planície que nos pareceu rica em agro-pecuária. A paisagem aqui tornou-se bem mais bonita, as cores predominantes eram o cinza da rocha e o verde e amarelo que nascem pelo meio desta, uma maravilha!
Fizemos uma curta paragem para almoço e lá continuámos. Depois de contornarmos a Serra, foi sempre a subir mas em "fora de pista", pois não encontrámos as sinalizações e então lá fomos por intuição até chegarmos ao ponto mais alto. Foi neste desvio que fizemos mais 1,5 km do que o previsto, assim diz o meu novo pedómetro oferecido pelo Tio A. Realmente estou cada vez mais pró e high tech das caminhadas, no final tínhamos os quilómetros percorridos, as minhas calorias gastas e o meu número de passos e a duração da passeata!
No cimo vimos as ruínas dos conventos Dominicanos, uma capela, um quartel e um emaranhado de antenas pouco estéticas. Já estávamos próximo do ponto de partida, foi descer um pouco e lá chegámos ao local onde tínhamos estacionado os carros.
Os mais corajosos ainda foram comer gelados, beber café... eu fiquei-me por uma saudável maçã ;) Foi uma caminhada muito bonita e gostámos muito da companhia, obrigada!
25 abril 2010
Chãos a Alcobertas - Serra de Candeeiros
Este fim-de-semana lá fomos para mais uma caminhada. Sábado de manhã saímos de Lisboa em direcção a Rio Maior, Concelho onde se localiza este percurso, em pleno Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros. O trajecto estende-se pelo lado Sul da Serra de Candeeiros, na vertente nascente, e tem como ponto de partida e chegada a povoação de Chãos.
A trilha, quase ao início, apresenta duas variantes, uma mais curta e outra que percorre mais 1,5 km, que vai até Alcobertas para se visitarem os vestígios arqueológicos - Anta e silos de armazenagem de cereais. É claro que optámos por esta vertente, não só para vermos os vestígios mas também (e com maior peso) para fazermos mais quilómetros e o percurso completo! Queremos sempre o maior desafio ;)
Depois iniciámos a subida até ao cume da Serra, de forma tranquila até que chegámos a um troço de subida vigorosa, aí é que foi uma verdadeira canseira!
Lá em cima, onde a cota atinge os 487 metros, deparámo-nos com um parque eólico extenso... 37 ventoinhas. Passar mesmo ao lado destas "bisarmas" é incrível, elas são realmente imponentes! Há quem diga que elas destoam na paisagem, na natureza... mas acho que acima de tudo temos de ver com bons olhos os investimentos em energias renováveis. Esta parte do percurso foi de início estimulante, estávamos no cume, já não tínhamos mais para subir, tínhamos uma bela vista tanto para Este (Rio Maior) como para Oeste (costa do Atlântico, até vimos as Berlengas) mas depois tornou-se monótona e inevitavelmente cansativa. Ainda no topo vimos uma grande pedreira. Já a acusar algum cansaço cruzámo-nos com uma indicação a informar que faltavam 3,5 km para o final e que a descida iria começar...
Como se tem tornado hábito em todos os percursos que temos feito, não nos cruzámos com "viva alma"... Foi uma bonita e intensa caminhada, e acabou por ser o nosso novo recorde! Ficámos por Rio Maior num simpático turismo rural e no Domingo foi matar saudades das Caldas e da sua praça da fruta e da Foz do Arelho e das suas amêijoas.
http://www.jf-alcobertas.pt/docs/PR2-ChaosAlcobertas1.pdf
http://www.jf-alcobertas.pt/docs/PR2-ChaosAlcobertas2.pdf
12 abril 2010
Rota das Quintas - Parque Natural Sintra/Cascais
E ontem lá fomos para mais uma caminhada. Estamos viciados, acho que agora vamos fazer trilhas todos os fins-de-semana... mas claro, só até não estar calor de praia, pois aí nada mais se sobrepõe ;)
Antes de irmos a caminho de Sintra para o ponto de partida da nossa trilha, fomos fazer umas comprinhas :) Eu comprei uma super mochila e o G comprou uns calções e meias para ver se não volta a ter "problemas" ;)
Começámos o caminho próximo da Lagoa Azul, junto à Barragem do Rio da Mula. O percurso foi muito completo, a heterogeneidade de paisagens tornou-o lindíssimo e completo. Da Sintra fomos até ao Guincho e Malveira e depois foi regressar a Sintra pelo fantástico maciço, Pedra Amarela.
http://portal.icnb.pt/NR/rdonlyres/73A45B48-67F2-4EBD-A8AF-40D2FA769CBA/0/DEPLIANT_ROTA_DAS_QUINTAS2.pdf
08 abril 2010
Caminhos e Encruzilhadas de ir à Fonte - São Brás de Alportel
Apesar do G no percurso que fizemos em Tavira ter ficado um pouco debilitado (não levou as melhores meias para os seus super ténis), os planos para o fim-de-semana incluíam mais que 1 caminhada e a minha vontade era tanta, que lá fomos para uma curtinha antes de regressarmos a Lisboa.
Foi bonita, mas não tanto como a de Tavira pois passava próximo das povoações e grande parte do trajecto era numa paisagem com pouco interesse e com cães por todo o lado (que o G detesta).
Verdade é que em 2 dias fizemos 26 km e no Domingo quando chegámos a casa, para além de bronzeados, estávamos super cansados... aliás acho que ainda estamos cansados (passados 4 dias) mas já estamos a planear o fim-de-semana que aí vem, ehehe!
As dicas da Prima A.
Apesar de termos estado no Algarve durante o fim-de-semana de Páscoa, a Mãe e a Prima A. também estiveram por Vilamoura. Assim, fizemos no Sábado um simpático jantar de Páscoa, depois de termos ido passear de barco pela Ria Formosa.
É claro que o tema principal do jantar não poderia deixar de ter sido outro que caminhadas, pois a Prima A. é super experiente e então foi só absorver dicas!!!
Para além dos necessários e importantes conselhos de segurança, falámos nos melhores equipamentos (mochilas, calças, casacos, polares, calçado sempre com o selo "Vibram" e felizmente os nossos têm) e nas melhores marcas (The North Face (não me pagam para fazer publicidade) entre outras com bons equipamentos).
Depois fomos "indo" de região em região ibérica e a Prima A. a aconselhar-nos umas caminhadas a não perder - Caminhos de Santiago, Picos da Europa, Serra de Gredos, Serra da Estrela, Serra da Freira, Alentejo...
O jantar de Páscoa em família para além de ter sido óptimo pela companhia e porque chegámos os 2 cheios de vontade por uns petiscos da Mãe... abriu-nos imenso o apetite para muitas e muitas mais caminhadas, e eu confesso (não fosse eu mulher) que também fiquei com imensa vontade de ir às compras e comprar tudo o que de melhor há para caminhadas!!!
05 abril 2010
Percurso D. Quixote - Tavira
Ao fim de 1 hora pela Serra Algarvia a dentro, através de curvas e contra-curvas desde Faro, lá chegámos a Casas Baixas, a aldeia onde começava a caminhada. Impressionante como o interior do Algarve é deserto, não se vê "viva alma", nem casas, nem cultivos, nada... só umas micro aldeias perdidas pelos vales, de acessos difíceis e com população envelhecida. É incrível o contraste deste deserto com o caótico litoral Algarvio.
Não foi fácil iniciarmos a trilha, a correspondência entre a informação que levávamos no mapa e descrição do percurso e as indicações no local não eram evidentes. Também não foi fácil estacionar o carro, ficou na micro aldeia em que as ruas eram pouco mais largas que o carro! Mas lá fomos, com muito entusiasmo, afinal íamos atingir o nosso recorde, 17 Km!!!
Estas confusões iniciais levaram-nos a começar o percurso ao contrário, o que resultou em mais subidas e menos descidas, conforme previsto no percurso circular. Mas felizmente esta confusão não passou de mero detalhe, a envolvente e a nossa disposição foram bem mais convictas e fortes. E eu gosto de ir procurando as sinalizações encarnadas e amarelas pelas árvores, pedras...
A meio do percurso chegámos a uma pequena aldeia, encontrámos uma Senhora, e durante uma breve e simpática conversa "De onde são?" "Boa Páscoa"... deixou-nos abastecer as nossas preciosas garrafas de água.
A seguir à aldeia chegámos ao ponto alto do percurso onde tínhamos a bonita vista sobre a ribeira de Odeleite (foto) e a zona de merendas. Comemos umas maravilhosas laranjas que colhemos pelo caminho e a nossa sanduíche de queijo com o melhor pão que conhecemos - pão de água escuro - e que infelizmente só se vende numa padaria/pastelaria em Faro, pelo menos que saibamos (mas trazemos sempre um carregamento para o nosso congelador de Lisboa).
Foi uma óptima caminhada, passámos por bonitos montes e vales, e foi muito bom atingirmos o nosso recorde!!! A partir de agora, uma caminhada com menos de 17 km é pinuts!
Demorámos 5 horas no total, com pausa para almoço, fotos, beijinhos...
22 março 2010
Preparativos para umas passeatas no Algarve
Vamos passar a Páscoa ao Algarve. O G bem que queria ir mais longe mas a minha ocupação profissional não o permite... Assim, vamos rumo ao Sul, ansiando por uns 3 dias de boa vida, descanso e claro, bom tempo!!! (São Pedro, please, não nos desiludas). Como o Sol não deve ser suficientemente quente para aquecer o corpinho no areal (sim estou ciosa de praia), vamos descobrir as caminhadas por estes lados.
Encontrei um guia na internet super completo, com 33 percursos pedestres pela região e organizados por áreas - Costa Vicentina, Litoral Sul, Barrocal, Serra e Guadiana. Contudo, muitos dos percursos são curtos e nós, agora que somos super profissionais, já estamos mais exigentes, pelo que vamos optar por fazer os de maior distância e próximos da nossa casa ou de zonas em que queiramos depois petiscar ;) É claro, não podemos ir ao Algarve sem passar pelo polvo em Tavira, pelos petiscos em Cacela... férias são férias! Sim, para mim estes 3 dias vão ser férias!
Da minha preliminar selecção, tenho 11 percursos a apresentar ao G, para depois em conjunto escolhermos um para cada dia. Será que estou a ser ambiciosa, pronto, talvez 2.
http://algarvedir.com/CMS/downloads/ebooks/guiaspedestres-pt.pdf
Encontrei um guia na internet super completo, com 33 percursos pedestres pela região e organizados por áreas - Costa Vicentina, Litoral Sul, Barrocal, Serra e Guadiana. Contudo, muitos dos percursos são curtos e nós, agora que somos super profissionais, já estamos mais exigentes, pelo que vamos optar por fazer os de maior distância e próximos da nossa casa ou de zonas em que queiramos depois petiscar ;) É claro, não podemos ir ao Algarve sem passar pelo polvo em Tavira, pelos petiscos em Cacela... férias são férias! Sim, para mim estes 3 dias vão ser férias!
Da minha preliminar selecção, tenho 11 percursos a apresentar ao G, para depois em conjunto escolhermos um para cada dia. Será que estou a ser ambiciosa, pronto, talvez 2.
http://algarvedir.com/CMS/downloads/ebooks/guiaspedestres-pt.pdf
27 janeiro 2010
Percurso Vinha de Colares (tentativa) - Parque Natural Sintra/Cascais
Ontem nós e H+L fomos entusiasmados para Colares para iniciarmos este belo hobby a 4.
A prévia preparação do percurso bem como a atenção dada às sinalizações não foram das melhores! Até que chegámos às Azenhas do Mar muito antes do previsto e sem sabermos como, fomos parar à Praia das Maçãs sem sequer esta se encontrar na trajectória!
O desnorte era tanto que decidimos fazer uma paragem nada habitual em caminhadas e fomos para uma almoçarada!!! Depois de um belo arroz de marisco e de um peixinho lá continuámos, mas desta vez em ritmo de passeio citadino (quase de montras) e sempre pela estrada em direcção a Colares (junto aos carris do eléctrico), onde tínhamos o carro.
Apesar do objectivo não ter sido alcançado, foi uma bela tarde entre amigos e uma experiência inicial para agora sim combinarmos caminhadas a 4! (O G por vezes sentiu-se extra-terrestre, os transeuntes olhavam para os nossos bastões com curiosidade (ou não) excessiva, ehehe).
http://portal.icn.pt/NR/rdonlyres/C01D0DC4-265E-466E-9A77-7CE0149730D8/0/prs8_vinho_de_colares.pdf
Vereda da Ponta de São Lourenço - Ilha da Madeira
Após um super pequeno-almoço e termos ido conhecer uma das mais bonitas vistas da Ilha - Miradouro do Pico do Facho - fomos para esta caminhada.
Curiosamente as expectativas eram poucas, tínhamos lido que a paisagem era árida, mas mal começámos apercebemo-nos logo que ia ser uma caminhada bem bonita... e cansativa! Foi subir e descer belas encostas sobre o Oceano, sempre acompanhados por um vento forte, um cheiro a mar intenso e umas paisagens maravilhosas. Gostámos bastante mas no regresso estávamos super cansados... foi bem mais intenso do que esperávamos. Mal terminámos fomos descansar para um belo almoço de petiscos ;)
http://www.madeiraislands.travel/pls/madeira/docs/F32161/PR8-SaoLourenco_PT.pdf
Levada do Caldeirão Verde - Ilha da Madeira
Ao fim de 2 dias na Ilha e com o tempo sempre a melhorar, lá fomos até ao Parque das Queimadas, no coração da Floresta Laurissilva.
Deparámo-nos com um percurso lindo e com uma vista de estrondosa... Contudo não era só a vista que nos deixava de coração apertado, foram também os sucessivos obstáculos que fomos encontrando ao longo do caminho. O Inverno rigoroso e a intensa precipitação, fizeram com que esta e outras levadas se tornassem perigosas a intransitáveis. Encontrámos verdadeiros obstáculos onde sempre ponderámos a continuidade, mas a envolvência era tão forte que a vontade de continuar superou o receio! E ainda bem que assim foi, este percurso foi talvez o 2º mais bonito e intenso, a seguir ao da Nova Zelândia.
Levámos todo o nosso equipamento bem como uma lanterna, pois o percurso tinha túneis, uns bem longos e escuros, muito giro!
http://www.madeiraislands.travel/pls/madeira/docs/F2101487488/PR9-CaldeiraoVerde_PT.pdf
Deparámo-nos com um percurso lindo e com uma vista de estrondosa... Contudo não era só a vista que nos deixava de coração apertado, foram também os sucessivos obstáculos que fomos encontrando ao longo do caminho. O Inverno rigoroso e a intensa precipitação, fizeram com que esta e outras levadas se tornassem perigosas a intransitáveis. Encontrámos verdadeiros obstáculos onde sempre ponderámos a continuidade, mas a envolvência era tão forte que a vontade de continuar superou o receio! E ainda bem que assim foi, este percurso foi talvez o 2º mais bonito e intenso, a seguir ao da Nova Zelândia.
Levámos todo o nosso equipamento bem como uma lanterna, pois o percurso tinha túneis, uns bem longos e escuros, muito giro!
http://www.madeiraislands.travel/pls/madeira/docs/F2101487488/PR9-CaldeiraoVerde_PT.pdf
26 janeiro 2010
Preparativos
O Natal 2009 trouxe ao G uns super ténis Timberland para ele ainda gostar mais de fazer caminhadas e sentir-se confortável :). Eu, já sou detentora de uns belos "Meireles" (ehehe) (presente do G no meu aniversário dos 30).
Começámos a preparar as nossas mini férias na Ilha da Madeira e o ânimo pelas famosas Levadas rapidamente nos ocupou. Ficámos tão ou tão pouco entusiasmados que fui comprar uns bastões, que profissionais!!!
A meteorologia dos últimos dias não era animadora e estávamos um pouco preocupados com o estado das trilhas. Andámos a pesquisar e lá escolhemos supostamente as melhores. Depois foi só caminhar ;)
Começámos a preparar as nossas mini férias na Ilha da Madeira e o ânimo pelas famosas Levadas rapidamente nos ocupou. Ficámos tão ou tão pouco entusiasmados que fui comprar uns bastões, que profissionais!!!
A meteorologia dos últimos dias não era animadora e estávamos um pouco preocupados com o estado das trilhas. Andámos a pesquisar e lá escolhemos supostamente as melhores. Depois foi só caminhar ;)
25 janeiro 2010
Taranaki Falls Walk - New Zealand
Em pleno Tongariro National Park, a seguir a uma mega tempestade de neve (por momentos achámos que nos poderia acontecer algo pouco famoso) e instalados num óptimo hotel château numa super suite, lá fizemos como não poderia faltar um trail.
A viagem à Nova Zelândia, a nossa Lua-de-Mel, foi detalhadamente preparada meses antes. O G queria muito ter feito neste maravilhoso Parque Nacional uma trilha de 21 km, que já lhe tinham comentado e que ele já tinha lido sobre. Mas devido ao maior nevão de 2009, foi-nos aconselhado apenas fazermos percursos próximo de Whakapapa Village e não muito longos.
Assim, lá escolhemos esta trilha que passava junto a uma lindíssima queda de água e ao Mount Ngauruhoe (vulcão activo, última erupção em 1977) que é absolutamente fabuloso! A paisagem que encontrámos após o nevão era de "cortar a respiração", uma dádiva do Arquitecto da Vida! Foi um sonho,sem dúvida a melhor caminhada!
http://www.doc.govt.nz/upload/documents/parks-and-recreation/tracks-and-walks/tongariro-taupo/whakapapa-walks-and-day-tramps.pdf
South Kaibab Trail - Grand Canyon
Na nossa viagem aos EUA (Califórnia, Nevada e Arizona) onde em São Francisco fiquei noiva :), passámos pelo grandioso Grand Canyon. E claro, não podia faltar um trail!
O Grand Canyon tem uma diversidade de cores incrível e ainda mais impressionante é a mudança de tonalidades ao longo da trajectória do sol. De manhã quando começámos vimos uma paisagem, à hora do almoço quando terminámos era outra.
Descemos até ao Skeleton Point onde já se conseguia ver o Colorado. Este é o ponto que eles aconselham parar caso seja uma caminhada apenas de 1 dia, e nós assim fizemos, parámos um pouco para descansar e depois foi regressar e subir os 1600 metros que tínhamos descido!
Ficámos convencidos que teríamos conseguido fazer a caminhada que atravessa o Rio Colorado e vai até ao lado Norte... mas já foi muito bom! Adorámos, foi umas das melhores caminhadas.
http://www.nps.gov/grca/planyourvisit/upload/SouthKaibabTrail.pdf
O Grand Canyon tem uma diversidade de cores incrível e ainda mais impressionante é a mudança de tonalidades ao longo da trajectória do sol. De manhã quando começámos vimos uma paisagem, à hora do almoço quando terminámos era outra.
Descemos até ao Skeleton Point onde já se conseguia ver o Colorado. Este é o ponto que eles aconselham parar caso seja uma caminhada apenas de 1 dia, e nós assim fizemos, parámos um pouco para descansar e depois foi regressar e subir os 1600 metros que tínhamos descido!
Ficámos convencidos que teríamos conseguido fazer a caminhada que atravessa o Rio Colorado e vai até ao lado Norte... mas já foi muito bom! Adorámos, foi umas das melhores caminhadas.
http://www.nps.gov/grca/planyourvisit/upload/SouthKaibabTrail.pdf
Trilho dos Currais - Parque Nacional Peneda-Gerês
Já com alguma vontade de caminhadas, chegámos ao Gerês e procurámos saber quais eram os percursos pedestres do Parque. Escolhemos este trilho como 1º e lá fomos, nem sabíamos onde nos íamos meter...
Subimos, subimos, subimos (ainda mais do que no Morro da Urca), sem vermos o céu, num caminho íngreme, difícil e extenuante (classificado como dificuldade média/elevada)...
Depois de umas belas horas lá chegámos ao cimo onde encontrámos uma paisagem diferente e cavalos selvagens! De seguida foi ganhar coragem e começar a descer... As descidas, por estranho que possa parecer, são quase tão difíceis quanto as subidas, talvez só não requeiram tanto fôlego.
Ainda no Gerês tentámos fazer outra trilha, mas fomos mais numa de passeio, onde parámos para apanhar sol e não a completámos (Trilho Águia do Sarilhão).
Subimos, subimos, subimos (ainda mais do que no Morro da Urca), sem vermos o céu, num caminho íngreme, difícil e extenuante (classificado como dificuldade média/elevada)...
Depois de umas belas horas lá chegámos ao cimo onde encontrámos uma paisagem diferente e cavalos selvagens! De seguida foi ganhar coragem e começar a descer... As descidas, por estranho que possa parecer, são quase tão difíceis quanto as subidas, talvez só não requeiram tanto fôlego.
Ainda no Gerês tentámos fazer outra trilha, mas fomos mais numa de passeio, onde parámos para apanhar sol e não a completámos (Trilho Águia do Sarilhão).
Parque Natural da Arrábida
Para comemorarmos o nosso 1º ano de namoro, o G levou-me (mais uma vez em desconhecimento, foi surpresa) para a Arrábida num passeio organizado pelo Papa-Léguas. Foi um dia muito bem passado, adorei o meu presente!
Confesso que já não me recordo nem da duração nem da distância, mas começámos de manhã cedo e terminámos a meio da tarde. A meio parámos para ver o fabrico do delicioso Queijo de Azeitão e claro, para almoçarmos! Recordo-me que éramos os participantes menos bem equipados, tanto na vestimenta como no que levávamos, ao ponto de outros participantes nos terem oferecido um pouco da sua merenda!
Temos de regressar, fazer nova caminhada neste lindo Parque, ainda para mais agora que somos uns cromos nada nos vai faltar!!!
Confesso que já não me recordo nem da duração nem da distância, mas começámos de manhã cedo e terminámos a meio da tarde. A meio parámos para ver o fabrico do delicioso Queijo de Azeitão e claro, para almoçarmos! Recordo-me que éramos os participantes menos bem equipados, tanto na vestimenta como no que levávamos, ao ponto de outros participantes nos terem oferecido um pouco da sua merenda!
Temos de regressar, fazer nova caminhada neste lindo Parque, ainda para mais agora que somos uns cromos nada nos vai faltar!!!
Morro da Urca, a nossa primeira aventura! - Rio de Janeiro
Depois de um intenso reencontro na cidade maravilhosa do Rio de Janeiro, o G levou-me em desconhecimento para a nossa 1ª caminhada - subir até ao Morro da Urca mas não no bondinho habitual do Pão de Açúcar, mas sim com recurso às perninhas!!!
Confesso que já não me recordo da distância e do tempo que demorámos a subir, mas consta que se demoram 40 minutos (só??!!) e sobem-se 220 metros. Na foto consegue-se ver bem esta 1ª grande aventura!
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